A 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), realizada em Cali, na Colômbia, resultou na criação de um novo órgão subsidiário que garantirá a inclusão de povos indígenas e comunidades locais nas futuras negociações sobre conservação ambiental. Essa decisão reconhece a importância dos sistemas de conhecimento tradicionais na gestão da biodiversidade, promovendo um espaço de diálogo e representação, além de reforçar a coordenação entre as partes envolvidas.
O novo órgão será co-presidido por um representante da ONU e outro de comunidades indígenas, priorizando a seleção de um copresidente de um país em desenvolvimento, com atenção ao equilíbrio de gênero. Além disso, a conferência adotou uma moção que destaca o papel crucial dos povos de ascendência africana na proteção da natureza, contribuindo para um reconhecimento mais amplo das diversas contribuições culturais para a preservação ambiental.
A COP16 também prossegue com as diretrizes estabelecidas no Quadro Global de Biodiversidade (GBF), que inclui medidas significativas, como a proteção de 30% da superfície terrestre e dos ecossistemas degradados até 2030. A ministra do Meio Ambiente da Colômbia ressaltou que a criação desse novo órgão ajuda a reparar uma dívida histórica com os povos indígenas, consolidando a importância do seu conhecimento para a conservação da biodiversidade global.