Rogério de Andrade, conhecido por sua ligação com o jogo do bicho no Rio de Janeiro, foi transferido, nesta terça-feira (12), para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A transferência foi determinada pela Justiça do Rio após sua prisão na Operação Último Ato, no final do mês passado. Andrade é acusado de ser o mandante do assassinato de um rival em 2020, um caso que reabriu antigas disputas entre facções criminosas envolvidas no controle de jogos ilegais. A medida faz parte de uma série de ações da Justiça para lidar com a crescente violência e organização criminosa no estado.
O contraventor, que até recentemente estava monitorado por tornozeleira eletrônica, foi preso após investigações que indicaram sua participação em uma série de crimes, como homicídios, extorsão e lavagem de dinheiro. A investigação também revelou a participação de outros indivíduos em suas atividades ilícitas, incluindo um policial militar e uma ex-delegada. Em 2021, o Ministério Público do Rio havia denunciado Rogério como responsável por um homicídio, mas a ação foi interrompida pelo Supremo Tribunal Federal devido à falta de provas. Com novas evidências, a operação se intensificou e resultou em sua transferência para um presídio federal.
Além das acusações criminais, o nome de Andrade foi associado a conflitos familiares e comerciais no jogo do bicho, envolvendo também outras figuras importantes do setor. A Justiça vem adotando medidas rigorosas, incluindo o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que visa isolar indivíduos de alta periculosidade. A decisão de transferir Andrade para um presídio federal representa um esforço para conter o poder dos contraventores e interromper a atuação de suas organizações criminosas no Rio de Janeiro.