As contas do Governo Central registraram um déficit primário de R$ 5,3 bilhões em setembro, reduzindo a diferença negativa frente aos R$ 22,4 bilhões de agosto. Esse saldo reúne as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central, apresentando o melhor desempenho mensal desde abril de 2024, em termos reais. Apesar do resultado positivo no Tesouro e no Banco Central, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seguiu em déficit, com saldo negativo de R$ 26,2 bilhões no mês.
A divulgação dos dados completos foi adiada devido à mobilização de servidores, o que levou o Tesouro a publicar apenas um sumário executivo. Detalhes adicionais sobre o desempenho das receitas e despesas totais entre janeiro e setembro ainda não foram disponibilizados. A assessoria do Tesouro Nacional informou que o relatório completo será divulgado na próxima semana, enquanto uma apresentação mais detalhada deve ocorrer em coletiva de imprensa com o secretário Rogério Ceron.
No acumulado de 2024 até setembro, o déficit do Governo Central atingiu R$ 105,2 bilhões, superando o déficit de R$ 94,3 bilhões registrado no mesmo período de 2023. Esse resultado representa o pior saldo desde 2020, conforme previsto no último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que projeta um déficit anual de R$ 28,3 bilhões. As despesas totais subiram 1,4% em setembro, já descontada a inflação, refletindo o aumento da pressão sobre as contas públicas.