A conta de luz foi o principal fator responsável pelo aumento da inflação em outubro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,56% no mês, acumulando 4,72% em 12 meses, acima da meta do Banco Central. A tarifa de energia subiu 4,74% devido à ativação da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que implica a cobrança mais alta, como reflexo da baixa nos reservatórios das hidrelétricas em meio ao período seco.
Para novembro, analistas esperam uma redução no custo da energia, com a transição para a bandeira amarela, de menor valor, em função das condições climáticas que devem melhorar a geração de energia no país. A mudança de bandeira traz um alívio ao consumidor, reduzindo a taxa extra por quilowatt-hora (kWh) consumido, enquanto outubro sofreu com o peso da bandeira vermelha 2, que onerava o custo de 100 kWh.
A estiagem prolongada foi intensificada pelo fenômeno El Niño, que impactou a disponibilidade hídrica e pressionou os preços. Embora as chuvas previstas para o final do ano tragam expectativa de recuperação dos reservatórios, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, economistas alertam que a redução na inflação de energia pode ser temporária.