O consumo de cerveja no Brasil deve registrar crescimento em 2024, mesmo com o aumento dos preços impulsionado pela redução na produção de cevada e lúpulo, além de outros fatores econômicos e climáticos. Apesar da tendência de alta, a cerveja continua sendo a bebida alcoólica mais consumida no país, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Além do preço, a demanda também está sendo moldada por fatores culturais e sociais, tornando a cerveja um símbolo de conexão social entre os brasileiros, com uma preferência variada por qualidade e preço entre as diferentes classes econômicas.
Outras bebidas alcoólicas também ganham espaço no Brasil, com destaque para os licores amargos, espumantes e vinhos rosês, que apresentam crescimento no consumo. O mercado de vinhos, que teve um aumento durante a pandemia, agora adapta-se ao clima brasileiro, com uma preferência crescente por vinhos mais leves e gelados. Paralelamente, a mudança no perfil do consumidor inclui uma participação mais expressiva de mulheres no consumo de destilados e uma preferência por bebidas que se ajustem ao clima tropical do país, demonstrando uma evolução nos hábitos e perfis de consumo.
Além disso, há uma mudança no comportamento das gerações mais jovens, que consomem de forma mais consciente e possuem menor poder aquisitivo. A Geração Z, por exemplo, tende a experimentar outros tipos de bebidas, enquanto os millennials começam a priorizar questões de saúde para o futuro, o que pode afetar o mercado no longo prazo. Mudanças demográficas, como a redução dos espaços nas moradias urbanas, também influenciam o consumo, pois limitam o armazenamento de bebidas em casa, tornando a dinâmica do mercado ainda mais desafiadora para os próximos anos.