O Consórcio SP+Escolas arrematou o Lote Leste da Parceria Público Privada de Novas Escolas (PPP) por R$ 11.546.994,12, representando um deságio de 22,51% em relação à contraprestação prevista de R$ 14.901.270,00. Com essa vitória, o grupo será responsável pela construção de 16 unidades de ensino que atenderão 17,6 mil alunos em 476 salas de aula, distribuídas em diversas cidades como Campinas, Guarulhos e Sorocaba. No total, os dois lotes contemplam 33 novas escolas em 29 municípios, com um investimento de R$ 2,1 bilhões ao longo de 25 anos.
O projeto visa modernizar a infraestrutura das escolas estaduais, melhorar a gestão escolar e aumentar a eficiência dos recursos públicos, permitindo que gestores e professores se concentrem nas atividades pedagógicas. A execução do contrato será fiscalizada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), que contará com o apoio de um verificador independente para garantir o cumprimento dos indicadores de desempenho. Representantes do consórcio destacaram o compromisso com a qualidade da educação e a criação de ambientes seguros e inovadores para a comunidade escolar.
Apesar dos benefícios apresentados, a iniciativa enfrenta oposição de membros da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e estudantes, que protestaram contra a privatização das escolas estaduais durante o leilão. A Apeoesp já havia conseguido suspender o leilão do primeiro lote, mas o governo recorreu e reverteu a decisão. As autoridades estaduais, incluindo o secretário de Educação Renato Feder e o governador Tarcísio de Freitas, defendem a PPP como uma solução para renovar as escolas antigas e melhorar a qualidade do ensino, enfatizando a necessidade de parcerias que garantam resultados efetivos para os alunos.