O Complexo Médico-Penal (CMP) de Pinhais, no Paraná, está sendo investigado após denúncias de violação de direitos humanos e mortes suspeitas de detentos. O caso mais recente envolve a morte de uma mulher detida, cujo laudo médico indicava problemas psiquiátricos graves. A família havia solicitado a transferência da detenta para uma clínica especializada, mas o pedido foi negado pela Justiça. Ela foi encontrada morta em sua cela em 1º de novembro, horas depois de uma decisão judicial que afirmava que ela estava recebendo o tratamento adequado no CMP.
A detenta, que havia mostrado sinais de distúrbios mentais, como delírios e comportamentos paranoicos, foi presa em abril após um incidente em que agrediu o pai. A família recorreu ao sistema judicial várias vezes, apresentando laudos de especialistas que recomendavam tratamento especializado em clínica psiquiátrica. No entanto, o Ministério Público e a Justiça entenderam que não havia necessidade de transferência. A investigação inicial aponta para suicídio, mas a polícia ainda aguarda o laudo completo da necropsia e exames complementares.
A morte gerou uma série de questionamentos sobre as condições de tratamento no CMP, que abriga detentos com necessidades de cuidados médicos especiais. Além disso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) começou a monitorar denúncias de violações de direitos humanos no local, incluindo casos de tortura, negligência e outros abusos. A Polícia Civil do Paraná está investigando essas denúncias, enquanto o Departamento Penitenciário local informou que está tomando medidas para melhorar as condições e aumentar o número de profissionais especializados.