O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou recentemente uma resolução que modifica as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (DCNEMs), com mudanças que poderão ser implementadas a partir de 2025 e, obrigatoriamente, no ano letivo de 2026. Essa atualização, sancionada em julho, estabelece uma nova organização curricular com o objetivo de tornar o ensino médio mais relevante e atrativo para os jovens, além de combater a evasão escolar.
A nova estrutura curricular prevê um aumento na carga horária mínima do ensino médio, passando de 2.400 para 3.000 horas, distribuídas em dois blocos de conteúdo. O primeiro bloco abrange as disciplinas obrigatórias, com um limite de 1.800 horas, incluindo português, matemática, ciências e história, entre outras. O segundo bloco é composto pelos itinerários formativos, que oferecem disciplinas opcionais para que os estudantes escolham conforme seus interesses, somando um mínimo de 1.200 horas ao longo dos três anos de ensino médio.
Além disso, a resolução do CNE estabelece mudanças nas avaliações para adaptar-se às novas diretrizes curriculares, impactando o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) será responsável por ajustar essas avaliações de acordo com a nova política, visando refletir de forma mais precisa o aprendizado dos estudantes dentro do novo modelo de ensino médio.