O momento da equipe do Corinthians dentro de campo tem sido positivo, mas fora dele a situação se complica. Na última segunda-feira (25), o Conselho de Orientação (CORI) do clube recomendou, por unanimidade, o afastamento imediato do presidente Augusto Melo, citando motivos como gestão temerária. Entre as principais acusações estão a falta de licitação em contratos, a ausência de documentos financeiros e a não apresentação de balancetes auditados aos conselheiros.
Na próxima quinta-feira (28), o Conselho Deliberativo do Corinthians se reunirá para votar o impeachment de Augusto Melo. Mesmo com a recomendação do CORI, os conselheiros têm liberdade para decidir conforme sua conveniência. Caso a maioria vote pelo afastamento, o primeiro vice-presidente Osmar Stabile assumirá o cargo interinamente, até uma nova Assembleia Geral de Sócios, onde a decisão poderá ser ratificada. Se o presidente for mantido no cargo, o processo será encerrado.
O movimento político que pede o afastamento de Melo, formado por cerca de 90 conselheiros de diferentes grupos, questiona principalmente a gestão de contratos, como o patrocinador Vaidebet, e os impactos financeiros e reputacionais para o clube. Os integrantes do movimento baseiam-se no Artigo 106 do estatuto do Corinthians, que prevê a destituição de administradores caso se cause prejuízo ao patrimônio ou à imagem do clube.