O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) da Portuguesa manifestou preocupações sobre os termos da proposta de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) que está em negociação com o clube. Em uma nota enviada ao presidente, o COF alertou que algumas solicitações feitas durante as discussões sobre o negócio não foram ainda atendidas e podem representar riscos para o futuro financeiro da Portuguesa, principalmente em relação aos investimentos previstos. Apesar das observações, tanto a Portuguesa quanto a SAF acreditam que os pontos pendentes serão discutidos e ajustados antes do fechamento do acordo.
A proposta da SAF, que prevê investimentos de até R$ 1,2 bilhão no clube, inclui aportes significativos no futebol, como R$ 263 milhões ao longo de cinco anos. A maior parte desse valor será destinada à folha salarial do time, com outras quantias voltadas para a base, a contratação de jogadores e melhorias na infraestrutura, incluindo o centro de treinamento. No entanto, o COF destacou que algumas questões ainda precisam de esclarecimento, como a definição do valor inicial de R$ 12 milhões, que pode ser redirecionado para outro setor, e a liberação de R$ 18 milhões, que só ocorrerá após o processo de recuperação judicial da Portuguesa.
A assembleia marcada para a próxima terça-feira será o palco para os sócios decidirem sobre a proposta, que já recebeu aprovação com ressalvas no Conselho Deliberativo. O COF finalizou sua nota lembrando que qualquer violação do Estatuto Social ou do Regimento Interno por parte dos envolvidos no processo poderá resultar em responsabilização por eventuais danos à Portuguesa. As negociações seguem com o objetivo de encontrar um equilíbrio entre as partes, garantindo que os interesses do clube sejam preservados ao longo da transação.