O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o Congresso Nacional manterá o mesmo nível de comprometimento na análise do pacote de corte de gastos públicos que demonstrou na reforma tributária. Em seu discurso no Fórum Brasil, organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), Pacheco destacou que o objetivo da discussão será aprimorar a administração do Estado brasileiro, com foco na otimização das despesas. Ele ressaltou que, assim como no caso da reforma tributária, o Parlamento estará comprometido com as negociações relacionadas à contenção de gastos públicos.
Durante sua fala, o presidente do Senado enfatizou a necessidade de qualificar os gastos públicos, o que, segundo ele, passa pela redução de desperdícios, como obras inacabadas e a elevada carga com supersalários. Além disso, Pacheco defendeu que a vinculação do salário mínimo às despesas obrigatórias deve ser revista, uma vez que essa prática pode prejudicar a capacidade de investimento do Estado e comprometer o crescimento econômico. O senador argumentou que, para garantir a sustentabilidade fiscal, as despesas com setores essenciais como saúde e educação devem ser feitas de forma mais eficiente, sem o crescimento automático vinculado ao aumento do salário mínimo.
Pacheco também mencionou a continuidade das discussões sobre o pacote de corte de gastos com o governo federal, após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca garantir o respeito às regras fiscais e a sustentabilidade econômica do país nos próximos anos. As reuniões entre o Senado e o governo visam alinhar medidas que, além de ajustarem as finanças públicas, possam promover um crescimento econômico equilibrado e sustentável.