O governo da Bolívia relatou que apoiadores de um ex-presidente sequestraram mais de 200 soldados, com o Ministério das Relações Exteriores indicando que os responsáveis são membros de grupos irregulares. Estes indivíduos também foram acusados de roubar armas e munições, e a situação se agravou após o presidente criticar os ataques às unidades militares. O presidente caracterizou as ações como criminosas e distantes de qualquer reivindicação social legítima, apontando que a tomada de quartéis militares ocorreu em uma região de cultivo de coca.
O conflito começou com investigações contra o ex-presidente, que não compareceu ao tribunal e se encontra em local desconhecido desde o surgimento de um possível mandado de prisão. A tensão aumentou quando produtores de coca começaram a vigiar para impedir sua captura, e apoiadores ameaçaram ocupar quartéis policiais e militares, demandando o encerramento de processos judiciais. Recentemente, enfrentamentos entre forças de segurança e manifestantes resultaram em feridos e prisões, evidenciando a escalada da crise.
O governo expressou sua disposição para dialogar com diferentes setores da sociedade, mas ressaltou que esse processo é inviável enquanto a população continuar sujeita a abusos. A disputa pelo controle do partido continua polarizando o cenário político, com as eleições de 2025 se aproximando e o ambiente social se tornando cada vez mais volátil.