O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou a invasão de três quartéis militares por grupos armados associados a seu predecessor, caracterizando o ato como uma traição à pátria. Em uma comunicação nas redes sociais, Arce afirmou que os soldados e suas famílias foram feitos reféns, destacando a gravidade da situação e a ameaça à vida dos envolvidos. Ele também criticou a natureza criminosa dessa invasão, que compromete a ordem pública e a democracia no país, ressaltando que as ações em curso visam pressionar o governo a atender demandas específicas de setores que apoiam o ex-presidente.
Arce expressou preocupação com a situação dos militares reféns, enfatizando que eles não estavam envolvidos em operações de combate e que muitos têm origens populares e indígenas. Ao mesmo tempo, uma operação militar e policial foi iniciada em Cochabamba para desobstruir rodovias que permanecem bloqueadas há quase três semanas por apoiadores do ex-presidente, que exigem a suspensão de processos judiciais e melhorias econômicas. O atual governo busca restabelecer a ordem e garantir os direitos básicos da população, como acesso a alimentos e medicamentos.
Em resposta, o ex-presidente manifestou em uma carta que o governo atual enfrenta uma realidade desafiadora e comparou a situação a eventos passados de instabilidade política. Ele advertiu que o uso da força para desbloquear rodovias poderia resultar em divisões ainda maiores na sociedade boliviana. O clima de tensão persiste, com um cenário de conflito que afeta tanto a governança quanto a vida cotidiana da população.