Nos arredores do estádio Gigante de Arroyito, em Rosario, Argentina, um tiroteio deixou duas vítimas fatais ligadas à barra brava do Rosario Central após uma partida do Campeonato Argentino. A violência ocorreu enquanto torcedores ainda deixavam o local e frequentavam bares próximos. O ataque, que vitimou dois líderes da torcida, está sendo investigado pela polícia, com suspeitas de conexões com o narcotráfico local, cuja atuação já havia gerado conflitos anteriores entre facções rivais.
O episódio marca uma escalada na disputa pelo controle de grupos de torcidas organizadas, com indícios de envolvimento de organizações criminosas que buscam ampliar sua influência no clube. O histórico de violência de grupos organizados de Rosario inclui outros assassinatos, como o de Samuel Medina, outro integrante da barra brava, ocorrido no início de outubro. Conflitos entre facções são comuns na cidade, com tentativas constantes de cooptar integrantes das torcidas em atividades ilícitas. Esse cenário de tensão reflete uma crescente militarização e violência entre grupos rivais, desafiando a segurança pública.
Além disso, a insegurança em Rosario impacta também figuras públicas ligadas à cidade. Jogadores como Di María e Messi, que têm raízes em Rosario, relataram ameaças de facções em contexto de um retorno potencial ao país. As ações criminosas visam intimidar possíveis iniciativas de repressão ao tráfico local, intensificando um clima de medo e instabilidade na cidade. A situação ressalta a complexidade do contexto social em Rosario, uma cidade marcada tanto por seu legado esportivo quanto pelos desafios impostos pela guerra entre facções.