O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 3,7 pontos de outubro para novembro, alcançando 92,7 pontos, conforme dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). O aumento foi observado tanto nas avaliações do momento presente quanto nas expectativas futuras, refletindo uma recuperação na confiança dos empresários. Em média móvel trimestral, o indicador cresceu 1,2 ponto, mostrando um alívio nas incertezas após seis meses consecutivos de previsões negativas para as vendas. Esse cenário é impulsionado por um mercado de trabalho aquecido e pela melhora nos rendimentos observada em 2024.
A recuperação da confiança foi evidente em cinco dos seis principais segmentos do comércio, com destaque para o Índice de Situação Atual (ISA-COM), que subiu 4,1 pontos, alcançando 94,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) também avançou, com uma alta de 2,8 pontos, chegando a 90,7 pontos. O aumento nas expectativas de vendas para os próximos três meses foi notável, registrando um crescimento de 6,0 pontos, após seis quedas consecutivas. No entanto, as perspectivas sobre o desempenho dos negócios nos próximos seis meses apresentaram uma leve queda de 0,4 ponto.
A redução do pessimismo foi especialmente notada na avaliação da demanda atual, com o volume de empresas indicando demanda insuficiente para expandir seus negócios caindo para 25,3% no trimestre móvel terminado em novembro. Este cenário foi mais favorável nos setores de bens essenciais, como supermercados e farmácias, onde o percentual de empresas que reportaram problemas com demanda insuficiente foi de 17,0%. Esse panorama sugere uma recuperação gradual da confiança no setor, com uma diminuição da apreensão em relação ao futuro imediato.