Em novembro, a confiança dos comerciantes brasileiros registrou uma alta de 1,4%, alcançando 113,5 pontos, o que mantém o índice acima da zona de insatisfação (100 pontos). Essa foi a segunda alta consecutiva do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), com um crescimento de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), os empresários estão otimistas com as perspectivas econômicas e esperam um bom desempenho nas vendas de fim de ano.
Os componentes do Icec mostraram resultados positivos em novembro. A avaliação das condições atuais subiu 0,8%, com destaque para a melhora nas percepções sobre a economia e o desempenho das empresas. As expectativas futuras tiveram o maior avanço, subindo 2,7%, com perspectivas de crescimento para a economia, o setor e as empresas. Por outro lado, a intenção de investimentos teve um leve aumento de 0,1%, com destaque para a contratação de funcionários, especialmente temporários, que teve um crescimento substancial, atingindo o maior nível desde dezembro de 2022.
Entre os segmentos do comércio, a confiança foi mais acentuada nos bens não duráveis, como supermercados e farmácias, com um aumento de 2,3%. Já o setor de bens duráveis, que inclui produtos como eletrodomésticos e veículos, apresentou uma leve queda de 0,3%, reflexo das altas taxas de juros, que dificultam a compra de itens de maior valor. A CNC ressalta que, apesar de um cenário econômico desafiador, com pressões inflacionárias e juros elevados, o otimismo com os próximos meses está motivando os comerciantes a investir mais, especialmente na contratação de mão-de-obra temporária para atender à demanda de fim de ano.