A COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, encerrou-se com críticas ao acordo alcançado. Países desenvolvidos comprometeram-se a fornecer US$ 300 bilhões anuais até 2035 para ajudar nações pobres a enfrentar os impactos climáticos, um valor muito abaixo do necessário, estimado em US$ 1,3 trilhão por ano. A falta de definição sobre o percentual de recursos públicos e a possibilidade de financiamento via empréstimos geraram preocupação, especialmente entre países insulares como Vanuatu, gravemente afetados pela elevação do nível do mar.
O evento foi marcado por atrasos, tensões políticas e críticas à liderança do Azerbaijão, com organizações como o Observatório do Clima classificando o acordo como insuficiente e prejudicial aos países em desenvolvimento. A resistência de países ricos em assumir responsabilidades financeiras foi amplamente condenada, destacando-se a ausência de avanços em questões cruciais, como o prazo para a eliminação dos combustíveis fósseis. A perspectiva de um retorno de Donald Trump ao governo dos Estados Unidos adiciona incertezas, dada sua posição contrária ao Acordo de Paris e a expansão planejada de combustíveis fósseis.
Com a próxima COP marcada para Belém, no Brasil, há expectativas de um ambiente mais democrático e participativo, contrastando com edições recentes em locais de governos autoritários. Representantes e organizações expressam esperança de que a liderança brasileira possa impulsionar avanços significativos, promovendo justiça climática global e enfrentando os desafios deixados pelo encontro em Baku.