A COP29, Conferência do Clima da ONU, iniciou-se nesta segunda-feira no Azerbaijão, país que depende fortemente do petróleo. A reunião tem como objetivo discutir ações para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas. Durante a abertura, Mukhtar Babayev, ex-diretor da petrolífera estatal e atual ministro da Ecologia e Recursos Naturais, destacou a urgência da crise climática, afirmando que já vivemos suas consequências. O evento reunirá chefes de Estado, governo e diplomatas de cerca de 200 países em Baku para avançar nas estratégias de mitigação da crise, embora a ausência dos líderes dos maiores emissores, como Estados Unidos e China, levante dúvidas sobre os resultados.
Outro tema central da conferência é o financiamento climático. A primeira decisão da COP29 foi a criação de regras para o mercado de créditos de carbono, permitindo que países e empresas poluentes compensem suas emissões financiando projetos ambientais. A conferência também destaca a necessidade de maior comprometimento financeiro dos países ricos, responsáveis históricos pelo uso de combustíveis fósseis. A expectativa é que o financiamento atinja trilhões de dólares, um montante que, segundo ambientalistas, se justifica frente aos custos elevados de desastres climáticos.
A presença do Brasil está sendo representada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, substituindo o presidente Lula, que se ausentou devido a um acidente doméstico. O evento ocorre em um contexto global sensível, onde a recente eleição de Donald Trump, crítico das políticas climáticas, gerou repercussão. John Podesta, representante do governo de Joe Biden, expressou decepção com a eleição de Trump, mas reafirmou o compromisso dos EUA com as políticas climáticas. Especialistas e líderes debatem como enfrentar os desafios da crise climática em um cenário onde ações concretas e recursos são cada vez mais necessários para adaptar os países mais vulneráveis.