Uma comunidade quilombola localizada no distrito de Barreirinho, em Caldas (MG), tornou-se a primeira do Sul de Minas a ser oficialmente reconhecida pelo governo federal. A conquista representa o resultado de mais de uma década de esforços por parte de líderes comunitários, professores e ativistas, que trabalharam para resgatar as histórias de resistência dos antepassados e garantir direitos fundamentais aos moradores locais. A certificação, fruto de um esforço conjunto entre diferentes setores políticos e sociais, marca um passo importante na luta por igualdade e inclusão.
Com o reconhecimento, os moradores do Barreirinho, que preservam tradições culturais e ancestrais, passam a ter acesso a direitos previstos por lei, incluindo saúde, assistência social e melhorias de infraestrutura. Apesar das dificuldades históricas, como a ausência de médicos e a carência de recursos básicos, a expectativa é que a certificação impulsione avanços significativos na qualidade de vida da comunidade. Iniciativas como a produção de artesanato e alimentos artesanais ajudam na subsistência local, mas a busca por mais oportunidades continua.
A história da comunidade ganhou visibilidade por meio de um documentário financiado pela Lei Paulo Gustavo, que celebra a cultura e a trajetória de resistência do Barreirinho. Além de garantir direitos, o reconhecimento oficial simboliza a valorização das contribuições dessa população para o desenvolvimento da região. Para os moradores, como destacado em seus relatos, a certificação é um marco de esperança e renovação, com a promessa de mudanças positivas no acesso a serviços essenciais e no fortalecimento de sua identidade cultural.