O 13° salário, benefício garantido por lei no Brasil, deve ser pago até o dia 30 de novembro, proporcionando aos trabalhadores uma renda extra no final do ano. Embora seja uma oportunidade importante, muitos acabam gastando essa quantia sem planejamento, o que pode gerar dificuldades financeiras nos primeiros meses de 2025, com o pagamento de despesas como IPTU, IPVA e material escolar. A economista Mila Gaudêncio alerta para a importância de administrar bem esse valor, recomendando que o trabalhador evite usar todo o dinheiro com compras de fim de ano e, em vez disso, busque alternativas mais estratégicas, como quitar dívidas ou reservar para as contas do início do ano.
Mila Gaudêncio explica que o 13° salário surgiu como uma compensação pela sobrecarga de trabalho em meses com mais dias úteis e foi instituído como direito do trabalhador, e não como um bônus extra. A educadora financeira destaca que, ao ser visto como um direito, o 13° salário tende a ser mais bem gerido, com maior consciência sobre o esforço envolvido em sua conquista. Ela também sugere que, em vez de gastar todo o valor com presentes, é prudente analisar as dívidas existentes e, caso não haja nenhuma pendência financeira, guardar parte do valor para as despesas de início de ano.
Para os empreendedores, que não têm direito ao 13° salário, a preparação financeira deve ser iniciada ao longo do ano, com a separação clara entre os recursos pessoais e da empresa. Gaudêncio orienta que o empreendedor reserve uma parte do pró-labore mensal para que, no final do ano, tenha uma quantia equivalente ao 13° salário. Para aqueles que ainda estão começando, a especialista recomenda que, mesmo com recursos limitados, é possível criar uma reserva aos poucos, para que o começo do ano seja mais tranquilo financeiramente.