O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, convida à reflexão sobre o racismo estrutural e como ele se manifesta na sociedade, inclusive na linguagem. Em um país onde a maioria da população é negra, a promoção de uma comunicação inclusiva é fundamental para valorizar a diversidade e construir ambientes mais respeitosos e acolhedores. A comunicação humanizada se torna uma ferramenta poderosa para desmantelar preconceitos e reforçar o respeito.
Ser antirracista exige evitar expressões que carregam conotações negativas ou reforçam estereótipos raciais, substituindo-as por alternativas neutras e respeitosas. Termos como “a coisa tá preta” e “mercado negro”, por exemplo, podem ser trocados por “a situação está complicada” e “mercado ilegal”, eliminando associações negativas com a cor preta. Essas mudanças simples na linguagem podem impactar profundamente a construção de uma sociedade mais igualitária e justa.
Adotar uma comunicação inclusiva não é apenas uma questão linguística, mas um compromisso ético com a valorização das identidades e histórias diversas que compõem a sociedade. Promover o uso de termos mais respeitosos e sensíveis, como “cabelo crespo” em vez de “cabelo ruim”, contribui para uma cultura organizacional e social que respeita a pluralidade. Essa prática demonstra empatia e responsabilidade, estimulando ambientes em que todos se sintam representados e acolhidos.