Com o fim de ano se aproximando, as campanhas promocionais e o pagamento de benefícios como o 13º salário podem estimular o consumismo e as compras por impulso. A especialista Ana Leoni, em entrevista ao podcast Educação Financeira, alerta que este é um bom momento para refletir sobre os hábitos financeiros e repensar a direção dos gastos para o próximo ano. A época de festas, que inclui Black Friday e Natal, torna-se um terreno fértil para exageros financeiros, com muitas pessoas utilizando o dinheiro extra de forma impulsiva, sem considerar prioridades essenciais.
Ana Leoni explica que o consumismo muitas vezes está ligado a um desejo de se encaixar em um determinado estilo de vida, promovido, especialmente, pelas redes sociais. Imagens de vidas perfeitas e consumo de produtos luxuosos podem gerar um impulso para a compra de itens que, muitas vezes, não são necessários, mas que buscam preencher uma sensação de falta ou insatisfação. Além disso, a facilidade de realizar compras pela internet e os gatilhos emocionais presentes nas promoções tornam o consumismo ainda mais difícil de controlar, resultando frequentemente em frustração após as compras.
Para evitar as compras por impulso, a especialista sugere adotar um modelo de organização financeira mais eficiente, priorizando o pagamento de contas, o investimento de uma parte do dinheiro e gastando apenas o que sobra. Dentre as dicas para reduzir o impulso de consumo, estão o planejamento antecipado das compras, a atenção aos gatilhos de marketing e a reflexão sobre a real necessidade dos produtos. Além disso, Leoni destaca a importância de alternativas criativas para presentear no Natal, como a sugestão de amigo secreto, para evitar a sobrecarga financeira e a “síndrome do Papai Noel”.