Pesquisas recentes mostram que o idioma que falamos afeta a forma como percebemos o mundo e expressamos nossas emoções. Para pessoas bilíngues, a língua materna geralmente desperta maior intensidade emocional, sendo a principal ferramenta de comunicação e pensamento. Por outro lado, o segundo idioma é percebido como mais prático e menos expressivo, favorecendo um certo distanciamento emocional, o que pode ser útil em situações complexas ou que exigem autocontrole.
A forma como bilíngues processam emoções e interagem com os outros também é influenciada pelo idioma usado. Estudos indicam que indivíduos podem agir de maneira diferente e serem vistos de forma distinta dependendo da língua em que se comunicam. Além disso, o contexto de aprendizado do segundo idioma, como ambientes formais ou familiares, e o nível de domínio influenciam a conexão emocional e o nível de conforto em situações comunicativas.
A relação entre emoção, identidade e aprendizado de línguas mostra que o modo como percebemos a nossa identidade em um novo idioma impacta o processo de aprendizagem. Professores têm um papel crucial em ajudar os alunos a se sentirem mais integrados no novo idioma, pois uma atitude positiva em relação à língua aprendida facilita uma conexão emocional mais forte, maior satisfação no processo e um aprendizado mais eficaz.