O filme Joy, da Netflix, narra a inspiradora história real da criação do primeiro bebê nascido por fertilização in vitro (FIV) em 1978, um marco na ciência médica. A trama explora os desafios enfrentados pelo trio pioneiro responsável pela técnica – um cientista, um cirurgião e uma embriologista –, mostrando como enfrentaram ceticismo social, pressões religiosas e científicas enquanto transformavam uma ideia revolucionária em esperança para milhões. O longa destaca o impacto emocional de suas conquistas, desde o nascimento do bebê até os momentos de união e sacrifício pessoal que marcaram essa jornada.
A narrativa se concentra especialmente na embriologista Jean Purdy, oferecendo uma perspectiva íntima sobre o comprometimento e os dilemas éticos envolvidos no trabalho. Através dela, o filme expõe como a sociedade dos anos 1970 reagiu à FIV, com críticas severas de instituições religiosas e descrédito público, tratando o procedimento como algo experimental e arriscado. Mesmo assim, o trio perseverou, encontrando apoio em mulheres corajosas que se dispuseram a participar dos testes pioneiros. As histórias pessoais, intercaladas com cenas de debates científicos e sociais, evidenciam a coragem e a resiliência por trás de um feito que mudou o mundo.
Com direção de Ben Taylor, Joy mantém uma abordagem intimista e sensível, focando nas pequenas vitórias e nas dificuldades enfrentadas pelos pesquisadores. A trilha sonora cuidadosamente escolhida e o tom positivo do roteiro reforçam a mensagem sobre a importância da ciência e a capacidade humana de superar desafios para melhorar a vida das pessoas. Apesar de abordar perdas e dificuldades, o filme celebra o triunfo da ciência e a transformação de lágrimas de frustração em choro de alegria, representado por um bebê cuja chegada simbolizou um marco histórico.