A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados promove, nesta quarta-feira (27), um debate sobre a recuperação energética de resíduos, com foco no uso de tecnologias sustentáveis para geração de energia. A proposta do debate busca explorar soluções que integrem a produção de energia elétrica limpa com a gestão eficiente de resíduos sólidos urbanos, um tema de grande relevância, já que o Brasil ainda deposita a maior parte de seus resíduos em aterros ou lixões, gerando sérios problemas ambientais e de saúde pública.
O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), responsável pela iniciativa, destacou que a implementação de usinas de recuperação energética poderia reduzir custos em até R$ 220 bilhões ao longo de 40 anos, ao minimizar os impactos ambientais causados pela gestão inadequada de resíduos. Além disso, a instalação dessas usinas promoveria benefícios socioeconômicos, como a criação de cerca de 200 mil novos postos de trabalho e o fortalecimento da economia circular, baseada no reaproveitamento de materiais.
Apesar de países como Japão, Estados Unidos e membros da União Europeia já operarem milhares de usinas de recuperação energética, o Brasil ainda avança lentamente nessa área. A primeira usina do tipo na América Latina está prevista para ser inaugurada em Barueri, São Paulo, em 2025, marcando um importante passo no desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis no país. A expectativa é que esse modelo ajude a melhorar o saneamento e a saúde pública, sendo uma solução eficiente para o tratamento de resíduos urbanos.