A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública para discutir a escassez de geriatras no Brasil e possíveis medidas para incentivar a formação desses profissionais. O evento, agendado para o dia 27 de novembro, teve como foco a criação de estratégias que possam facilitar a formação de geriatras, uma especialidade fundamental diante do envelhecimento acelerado da população brasileira. O debate surge após uma solicitação do deputado Luiz Couto (PT-PB) e busca encontrar soluções para a crise na área da geriatria.
O envelhecimento da população brasileira é uma realidade crescente, com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimando que, até 2050, 30% dos brasileiros terão mais de 60 anos. Esse aumento significativo da população idosa reforça a urgência de cuidados especializados. Especialistas destacam a necessidade de melhorar a formação dos profissionais de saúde, aumentar o número de geriatras e fortalecer equipes multidisciplinares para atender a essa demanda crescente. No entanto, a falta de incentivos e a escassez de vagas em programas de formação são obstáculos importantes para a solução dessa crise.
Atualmente, o Brasil conta com menos de 2 mil geriatras em atividade, conforme dados do Conselho Federal de Medicina, o que representa uma grande lacuna no atendimento a uma população cada vez mais envelhecida. A audiência pública busca discutir as causas dessa escassez, como a insuficiência de programas de formação e a falta de políticas públicas específicas. Entre as propostas estão a criação de incentivos para a especialização em geriatria e a revisão de legislações que possam facilitar a formação de novos profissionais. O objetivo é garantir que o Brasil esteja preparado para oferecer o atendimento de qualidade necessário à população idosa nos próximos anos.