A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou um convite para que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, preste esclarecimentos sobre a possível criação de uma unidade de conservação marinha de 35 milhões de hectares, abrangendo a margem equatorial do mar territorial brasileiro, desde a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa até os estados do Piauí e Ceará. O senador Lucas Barreto, autor do requerimento, aponta que a iniciativa é apoiada por organizações como o Instituto de Estudos Avançados da USP e o Centro de Biologia Marinha da USP, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e outros órgãos federais e estaduais.
A proposta, de acordo com Barreto, visa criar um “Mosaico de Conservação” cobrindo uma extensa área marítima com 390 km de largura e 1.390 km de comprimento, uma região que coincide com as recentes descobertas de reservas de petróleo e gás no pré-sal da costa do Amapá, Pará e Maranhão. Essa sobreposição entre uma unidade de conservação ambiental e áreas ricas em recursos energéticos gera preocupações entre alguns senadores, que temem possíveis obstáculos ao desenvolvimento econômico e à exploração de petróleo.
Durante a discussão, foram mencionadas críticas sobre a política ambiental dos Estados Unidos e seus possíveis reflexos na região. Além de Marina Silva, a CI convocou outras lideranças para participar das discussões, incluindo representantes da Petrobras e da Marinha, assim como a secretária de Meio Ambiente do Amapá.