O comerciante Fernando Pereira, proprietário de uma loja de fogos de artifício em Ceilândia, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) após a venda de artefatos a um indivíduo envolvido em um atentado em Brasília. O suspeito, que ativou explosivos na Praça dos Três Poderes, morreu durante a ação na noite de 13 de novembro. Fernando afirmou que a venda dos produtos foi legal e que sua loja segue as normas estabelecidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Ele também destacou que não conhecia o autor do ataque e ressaltou que, após o incidente, tomou a iniciativa de contatar as autoridades para cooperar com as investigações.
As compras de fogos de artifício ocorreram nos dias 5 e 6 de novembro, totalizando R$ 1,5 mil, com o pagamento realizado via débito. As transações foram registradas por câmeras de segurança, o que facilitou a investigação. A principal mercadoria adquirida pelo suspeito foi tubo de PVC, utilizado em modificações caseiras para aumentar a potência dos fogos. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) repassou as imagens à PF, que segue conduzindo a apuração, especialmente por meio da Divisão Antiterrorismo.
A PF também está realizando uma perícia no celular do suspeito, apreendido em um trailer nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Câmara dos Deputados. O aparelho está sendo analisado no Instituto Nacional de Criminalística (INC). A investigação continua em andamento, com foco na obtenção de mais informações sobre o planejamento e a execução do atentado.