A coalizão governamental da Alemanha desmoronou devido a divergências sobre a política econômica, levando o chanceler Olaf Scholz a demitir o ministro das Finanças, Christian Lindner. A saída do Partido Democrata Livre (PDL) da aliança com o Partido Social Democrata (PSD) deixou o governo minoritário, agora sustentado apenas pelo Partido Verde. Em meio a uma crise política, Scholz convocou um voto de confiança para janeiro, cuja perda poderia precipitar eleições antecipadas, um evento raro na história política recente do país.
A atual instabilidade política ocorre em um contexto de desafios econômicos persistentes. A economia alemã, a maior da Europa, apresentou crescimento mínimo nos últimos anos e foi afetada pela crise energética gerada pela guerra na Ucrânia. Além disso, problemas estruturais, como altos custos de mão de obra e concorrência da China, têm prejudicado setores-chave, como a indústria automobilística. O fechamento de fábricas pela Volkswagen exemplifica as dificuldades enfrentadas pela economia nacional.
Agora, Scholz lidera um governo minoritário que precisará negociar acordos com diferentes partidos para aprovar legislações até o esperado voto de confiança. A crescente insatisfação com os partidos tradicionais pode fortalecer a extrema-direita, que já vê o colapso da coalizão como uma oportunidade. A líder do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) celebrou a situação como uma chance para o país se distanciar de uma gestão considerada falida.