O tenente-coronel do Exército, que esteve envolvido em investigações sobre fraudes em certificados de vacinação contra a covid-19 e a tentativa de golpe de Estado durante o governo anterior, prestará novo depoimento à Polícia Federal na próxima terça-feira (19), em Brasília. Após sua prisão em maio de 2023, ele firmou um acordo de colaboração premiada, no qual se comprometeu a fornecer informações sobre crimes relacionados ao governo. O acordo permitiu sua liberação após o cumprimento de uma série de medidas cautelares.
Além de seu envolvimento nas fraudes de vacinação, o colaborador também ajudou nas investigações sobre um plano de desestabilização política que envolvia membros do governo anterior, incluindo altas autoridades. Ele ainda está sendo investigado por sua participação em um esquema de venda de presentes e joias recebidas por membros do governo de representantes estrangeiros. Em seu depoimento, ele reafirma os dados fornecidos e não há indicação de que o acordo de colaboração seja reavaliado, conforme informado por seu advogado.
No entanto, caso as autoridades federais determinem que o colaborador não cumpriu com as obrigações acordadas, pode haver um pedido de rescisão da colaboração, o que implicaria a revogação de seus benefícios, como a liberdade provisória. Esse risco de anulação da delação premiada ocorre caso se constate que ele não entregou as informações exigidas ou obstruiu a justiça de alguma forma. Em março de 2024, ele foi novamente preso por descumprir as condições impostas, mas foi solto posteriormente após uma decisão judicial que manteve a validade de sua colaboração com as investigações.