O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou por unanimidade a resolução que revisa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Novo Ensino Médio, conforme a lei sancionada em julho de 2024. Essa atualização permitirá que as redes de ensino implementem as novas orientações já em 2025 ou, obrigatoriamente, em 2026. A medida visa adaptar o ensino médio às necessidades dos estudantes, tornando-o mais relevante e atrativo para reduzir a evasão escolar. O Ministério da Educação (MEC) informou que mais de 200 técnicos das secretarias de educação estão sendo treinados para desenvolverem planos de ação em cada localidade.
A nova política define uma carga horária ampliada de 3 mil horas distribuídas em três anos, dividida em dois blocos: um com disciplinas obrigatórias, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e outro com itinerários formativos que devem somar, no mínimo, 1,2 mil horas, permitindo aos estudantes escolher disciplinas de acordo com seus interesses. Cada escola será obrigada a oferecer ao menos dois itinerários formativos, oferecendo aos alunos opções de aprofundamento nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e sociais, ou até uma formação técnica e profissional.
Além das mudanças curriculares, a resolução prevê ajustes nas avaliações nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que deverão se adequar às novas diretrizes. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) será responsável por essas adaptações, garantindo que os exames reflitam as novas estruturas e enfoques do ensino médio brasileiro.