A performance artística denominada “Clínica de Reabilitação para Homofóbicos” foi criada por dois artistas em Fortaleza com o objetivo de provocar reflexões sobre o preconceito. Utilizando a linguagem associada a clínicas que prometem “cura” para a diversidade sexual, a iniciativa busca inverter esse discurso, propondo um “tratamento” para a homofobia. A performance começou durante a pandemia e já percorreu diversas cidades do Ceará, sendo apoiada por um edital da Secretaria da Cultura de Fortaleza.
A proposta envolve panfletagem e a divulgação de um número de WhatsApp, onde interessados recebem materiais didáticos sobre diversidade sexual e de gênero. Os artistas utilizam estratégias comuns de marketing, como faixas e mensagens em ônibus, para alcançar um público mais amplo e gerar curiosidade. Ao dialogar com pessoas que se identificam como homofóbicas, a ação busca promover uma reflexão crítica e pedagógica sobre os preconceitos enraizados na sociedade.
Com essa performance, os artistas desejam não apenas abordar a homofobia estrutural, mas também estimular discussões mais amplas sobre o respeito e a diversidade. A iniciativa tem atraído a atenção do público, permitindo que diferentes pessoas entrem em contato e participem de um diálogo que promove a conscientização e a aceitação. Através de uma abordagem lúdica e provocativa, a clínica simulada se posiciona como um meio eficaz de articular e questionar questões de preconceito na sociedade contemporânea.