A produção de laranja no noroeste do Paraná sofreu uma queda significativa em 2024 devido à combinação de clima adverso e doenças. A falta de chuvas e o calor intenso prejudicaram o rendimento dos pomares, e o greening, uma doença que afeta os frutos, também contribuiu para a redução da safra. A consequência direta foi uma colheita de 220 mil caixas, menos da metade do volume do ano anterior, que foi de 500 mil caixas.
Além do impacto local, a queda na produção e o aumento dos preços afetam a indústria de suco e o mercado de fruta fresca, refletindo-se no bolso do consumidor final. Segundo dados do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a safra de laranja deste ano registrou uma diminuição de quase 30% em comparação com a safra anterior, levando os produtores a venderem a caixa de 40 quilos por R$ 62, um aumento de 63% em relação ao mesmo período do ano passado.
Especialistas do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) explicam que a alta dos preços também se deve à influência do mercado internacional, pois as indústrias já contam com fornecedores estabelecidos, gerando uma concorrência que impacta o valor da fruta fresca no mercado interno. Assim, o aumento dos preços internacionais da laranja também é sentido pelos consumidores locais.