O projeto Circuito Arte não é Privilégio, criado pelo Museu de Arte a Céu Aberto, iniciou sua segunda fase na cidade de São Paulo no dia 20 de novembro de 2024, com atividades que vão até o dia 23. Com o apoio da Bolsa Funarte de Artes Visuais Marcantonio Vilaça, a proposta busca promover a arte urbana e refletir sobre seu impacto na sociedade. A primeira fase do evento tem como foco o trabalho de artistas de diferentes cidades, além de visitas a locais importantes da cena cultural paulista. A programação inclui uma série de residências e vivências com nomes do cenário artístico, tanto locais quanto de outros estados.
O projeto também visa institucionalizar o acervo de arte urbana de São Paulo, criando um banco de dados acessível sobre as obras e os artistas envolvidos. Uma das principais preocupações dos organizadores é evitar que a efemeridade da arte de rua se perca com o tempo, como é o caso de muitos trabalhos que, sem registros, desaparecem. Além disso, o evento busca valorizar a arte urbana e seus criadores, combatendo a marginalização dessa forma de expressão e propondo um modelo mais participativo, onde os próprios artistas têm voz no processo de catalogação e preservação de suas obras.
Entre as atividades programadas para a semana estão visitas a espaços culturais como o Beco do Batman, o Theatro Municipal e o Museu Afro Brasil, além de vivências e encontros com artistas e curadores. O evento também se alinha a uma recente conquista para a arte urbana no Brasil, com a oficialização, em outubro, de grafite, cartum, caricatura e charge como parte da cultura oficial do país. Em 2025, o projeto se expandirá para outras cidades, com exposições ao ar livre programadas para bairros de Salvador, Brasília e Belém.