A cidade de Castelândia, em Goiás, passa por uma situação política incomum. Após a eleição ordinária de 6 de outubro, em que foram escolhidos nove vereadores para um mandato de quatro anos, uma eleição suplementar foi convocada para 10 de novembro. A necessidade do novo pleito se deu devido à cassação de cinco vereadores em abril por fraude na cota de gênero de 2020, resultando na anulação de todos os votos da coligação envolvida e na posse de suplentes.
A nova eleição surge porque os votos anulados representaram mais da metade da votação total para vereador em 2020, exigindo a escolha de novos representantes para o restante da legislatura atual, que termina em 31 de dezembro. Dessa forma, 22 candidatos disputam as nove cadeiras, incluindo 14 que já participaram do pleito ordinário. O prefeito de Castelândia ressaltou a confusão gerada pela sobreposição das datas eleitorais, complicando ainda mais o cenário político da cidade.
O imbróglio levou a uma reconfiguração inesperada no Legislativo municipal, alterando a maioria partidária e causando dificuldades na gestão pública. Projetos ficaram parados, e houve tentativas de destituir o presidente da Câmara. Especialistas confirmam que a decisão judicial segue uma jurisprudência consolidada, evidenciando a seriedade com que o Judiciário trata fraudes eleitorais. Contudo, a turbulência administrativa e política deve seguir até o fim da legislatura atual.