O senador Cid Gomes, do PSB, anunciou o fim de sua aliança política com o governador Elmano de Freitas, do PT, após quase duas décadas de colaboração. A decisão foi revelada no último sábado (16), quando Cid expressou sua insatisfação com a exclusão de seu grupo nas decisões do governo e criticou a tendência centralizadora do PT no Ceará. Embora tenha afirmado que a separação ainda não era definitiva, aliados de Cid interpretaram o rompimento como irreversível.
O principal ponto de discordância que levou à ruptura foi o apoio de Elmano à candidatura do deputado Fernando Santana, também do PT, à presidência da Assembleia Legislativa, enquanto Cid tentava emplacar um aliado seu para o cargo. A falta de acordo sobre a disputa interna do legislativo estadual foi vista como um reflexo das crescentes diferenças políticas entre os dois. Cid Gomes, que se filiou ao PSB em fevereiro de 2024, e seu grupo político pretendem seguir uma postura independente na Assembleia, sem se alinhar diretamente à oposição do governador.
Essa separação marca o fim de uma aliança histórica que teve início em 2006, quando Cid foi eleito governador do Ceará e indicou Camilo Santana como seu sucessor. O relacionamento, inicialmente construído em torno de uma colaboração política sólida, agora chega ao fim em meio a tensões sobre o controle político no estado.