A Catalunha enfrentou fortes chuvas nesta segunda-feira (4), em um cenário que seguiu a devastadora tempestade em Valência, considerada a mais intensa do século. As precipitações chegaram a 150 mm em El Prat, 110 mm em Tarragona e 59 mm em Sitges, provocando o bloqueio de estradas e a interrupção de transportes ferroviários e aéreos. O aeroporto de Barcelona ficou isolado, levando ao cancelamento de diversos voos, enquanto autoridades lidavam com as consequências dos transtornos.
Especialistas explicam que o aquecimento das águas do Mediterrâneo, um efeito da crise climática, foi fundamental para o surgimento de uma depressão isolada em altitude, resultando em condições meteorológicas extremas. O debate sobre a declaração de uma emergência nacional tem ganhado força, especialmente diante das críticas à resposta do governo às enchentes em Valência, que já deixaram 217 mortos. A busca por desaparecidos continua, mas as autoridades ainda não divulgaram números oficiais sobre o total de pessoas sumidas.
Com a crise se desenrolando, a recuperação das áreas afetadas avança lentamente. As discussões políticas e as ações governamentais são acompanhadas com atenção, enquanto o impacto do desastre sobre as comunidades locais permanece evidente. A situação em Valência reacendeu questões sobre a preparação e a resposta a eventos climáticos extremos, sublinhando a necessidade de medidas eficazes para mitigar os efeitos da mudança climática na região.