A COP29, realizada no Azerbaijão, terminou com a China reafirmando seu compromisso com a luta contra as mudanças climáticas, destacando a relevância da cooperação internacional para enfrentar os desafios climáticos globais. Em contraste com a postura dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, a China enfatizou sua determinação em agir de maneira consistente, independentemente de mudanças políticas internas ou internacionais. A China e os Estados Unidos foram os primeiros países a ratificar o Acordo de Paris, embora a administração de Trump tenha ameaçado sua retirada do pacto durante seu primeiro mandato.
A tensão entre os dois países foi um tema central durante a conferência, especialmente no que diz respeito ao futuro do Acordo de Paris. A secretária nacional de mudança do clima do Brasil, Ana Toni, elogiou as ações da China, que reforçaram seu compromisso com o enfrentamento das mudanças climáticas. Eric Solheim, ex-diretor-executivo do programa ambiental da ONU, apontou que os Estados Unidos têm uma grande responsabilidade pelos problemas climáticos globais, o que aumenta a importância da colaboração entre as potências mundiais.
O acordo alcançado na COP29 foi possível após intensas negociações, com destaque para o papel do vice-ministro chinês Zhao Yingmin, que ajudou a resolver divergências com países em desenvolvimento. Apesar de o secretário-geral da ONU, António Guterres, ter expressado o desejo de um resultado mais ambicioso, ele considerou que o acordo oferece uma base sólida para futuras negociações. Zhao reafirmou o compromisso da China em promover a cooperação global no combate às mudanças climáticas, sublinhando o papel da nação como um desenvolvedor responsável no cenário mundial.