A China criticou a proposta do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas adicionais sobre os produtos chineses como uma forma de pressionar Pequim a combater o tráfico de fentanil. Trump anunciou que implementará uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses a partir de janeiro, alegando que a China não tem feito o suficiente para impedir a exportação de substâncias químicas usadas na produção do narcótico. A medida foi vista por Pequim como uma forma de transferir a responsabilidade pela crise de opioides nos EUA para a China.
Em resposta, o Ministério do Comércio chinês afirmou que a imposição de tarifas unilaterais não resolveria os problemas dos Estados Unidos e reforçou a posição do país contra medidas protecionistas. O porta-voz He Yadong destacou a necessidade de os EUA respeitarem as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e colaborar com a China para manter relações econômicas estáveis e equilibradas. O governo chinês alertou para o risco de agravamento das tensões comerciais, que poderiam prejudicar ambas as economias.
Especialistas indicam que os comentários de Trump podem ser apenas o início de uma nova escalada comercial, com a possibilidade de uma guerra tarifária mais intensa do que a travada em seu primeiro mandato. A mídia estatal chinesa também tem alertado sobre os perigos de um confronto prolongado, que poderia ter impactos negativos para as cadeias de suprimentos globais e afetar as economias mundialmente interconectadas. A situação permanece em aberto, com as duas maiores economias do mundo enfrentando um cenário de incertezas econômicas.