A China anunciou um plano de estímulo econômico no valor de 10 trilhões de yuans (aproximadamente US$ 1,4 trilhão) para reforçar sua economia enfraquecida, permitindo que os governos locais refinanciem suas dívidas. A medida, com duração de três anos, visa aliviar a carga financeira dos governos regionais, que enfrentam dificuldades devido a anos de restrições impostas pela pandemia e a uma crise imobiliária. O pacote inclui empréstimos de até 6 trilhões de yuans (US$ 838 bilhões) e a emissão de títulos locais no valor de 4 trilhões de yuans (US$ 558 bilhões) ao longo de cinco anos, para reduzir o montante de dívidas ocultas acumuladas.
O plano, embora considerado insuficiente por alguns analistas, foi elogiado por outros como uma ação necessária para evitar um colapso maior da economia. Segundo economistas, essa estratégia pode aliviar os custos com juros para os governos locais, liberando recursos para outras áreas, mas a magnitude do pacote é vista como modesta em comparação com o tamanho da economia chinesa. O governo chinês também estabeleceu uma meta de reduzir sua dívida oculta de 14,3 trilhões de yuans (US$ 1,99 trilhão) para 2,3 trilhões de yuans (US$ 320 bilhões) até 2028.
Com o crescimento do PIB chinês ficando abaixo das expectativas, e com a possibilidade de não atingir a meta anual de crescimento de 5%, o pacote visa principalmente evitar riscos econômicos mais graves, sem reaquecer a economia de forma agressiva. Especialistas apontam que, para impulsionar o crescimento de maneira significativa e combater a deflação, seriam necessárias políticas ainda mais vigorosas, além da troca de dívida anunciada. A medida reflete a estratégia do governo em controlar os riscos financeiros, enquanto busca cumprir suas metas de crescimento de longo prazo.