Nos últimos anos, o Sudão do Sul vem enfrentando cheias excepcionais, exacerbadas pelas mudanças climáticas, que submergiram vastas áreas do Estado de Unity. A combinação de chuvas intensas, solo argiloso que retém a água e uma infraestrutura precária resultou em alagamentos prolongados, colocando comunidades em situação de vulnerabilidade extrema. Além disso, a contaminação por petróleo em áreas próximas a campos de extração intensificou os riscos à saúde, afetando o acesso à água potável e a qualidade de vida.
A poluição ambiental decorrente da exploração de petróleo tem impactado tanto os recursos naturais quanto a saúde pública. Vazamentos frequentes e o manejo inadequado de resíduos resultaram em contaminação do solo e da água, com relatos de problemas graves, como nascimento de animais e humanos com deformidades. Apesar de estudos indicarem níveis elevados de metais pesados em amostras de água e cabelo humano, e associarem os problemas à atividade petrolífera, ações concretas para mitigar os impactos permanecem insuficientes.
A dependência econômica do país em relação ao petróleo e os efeitos de uma guerra civil prolongada têm dificultado o fortalecimento da responsabilidade ambiental. O governo ainda não divulgou uma auditoria ambiental esperada há mais de um ano, enquanto especialistas alertam que mudanças climáticas podem tornar as condições no Sudão do Sul ainda mais severas. Apesar das adversidades, muitas pessoas expressam esperança em retomar a vida com a criação de animais e o cultivo da terra assim que as águas baixarem.