No Brasil, aproximadamente um terço da renda dos trabalhadores está comprometido com dívidas, especialmente nas capitais, onde o percentual médio de 30% da renda é destinado ao pagamento de obrigações financeiras. A situação varia entre as cidades: enquanto João Pessoa apresenta um índice de comprometimento de apenas 12%, em Teresina, o número atinge preocupantes 43%. Paralelamente, a inadimplência também é uma questão relevante, afetando mais da metade das famílias em algumas capitais, como Belo Horizonte, Natal e Porto Velho, contrastando com os baixos 6% de João Pessoa.
A chegada do 13º salário é vista como uma oportunidade tanto para aliviar dívidas quanto para planejar gastos futuros. Especialistas, como economistas da Fecomércio-SP, recomendam priorizar a quitação de débitos mais onerosos antes de investir em consumo. Esse esforço pode ajudar a evitar maiores complicações financeiras e oferecer mais liberdade para administrar o orçamento no próximo ano. A recomendação é tratada como um investimento no bem-estar financeiro, comparável ao esforço físico necessário para obter resultados na academia.
Ainda assim, a tentação de gastar o 13º salário com presentes, viagens ou festividades é uma realidade para muitos brasileiros. Diante disso, o equilíbrio entre consumo e responsabilidade financeira é destacado como essencial. Planejar o uso desse dinheiro extra para reduzir dívidas pode ser uma estratégia inteligente e preventiva, preparando as famílias para lidar melhor com as finanças e reduzir o peso dos compromissos no futuro.