O recente acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah reflete um esforço para retomar os princípios da Resolução 1701 da ONU, adotada em 2006, após a guerra entre Israel e o Líbano. A resolução estabeleceu medidas para garantir a paz na região, incluindo a retirada das forças israelenses do sul do Líbano e a presença de forças de paz da ONU. Agora, os Estados Unidos buscam aplicar essas diretrizes para alcançar uma trégua de 60 dias, com o objetivo de estabelecer um acordo mais duradouro entre as partes envolvidas no conflito.
A Resolução 1701 foi inicialmente criada para resolver as tensões entre Israel e o Hezbollah após a guerra de 2006, mas a situação se intensificou após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, quando o Hezbollah passou a apoiar o grupo palestino. Embora a resolução tenha promovido uma relativa calma nas últimas duas décadas, o contínuo conflito, com ataques frequentes entre os dois países, fez com que a ONU e os mediadores internacionais tentassem reiniciar as negociações com foco na implementação mais rigorosa das disposições da resolução.
Apesar do apoio internacional, incluindo os Estados Unidos, a implementação da resolução enfrenta desafios. Israel insiste que o Hezbollah tem violado repetidamente os termos acordados, enquanto o Líbano acusa Israel de não cumprir plenamente suas obrigações, especialmente no que diz respeito às Fazendas Shebaa. Para muitos, a resolução 1701 ainda representa a melhor base para uma trégua sustentável, mas a continuidade dos ataques e as diferentes interpretações do que constitui uma violação permanecem como obstáculos significativos para a paz na região.