O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, que entrou em vigor em 27 de novembro, representa o “primeiro raio de esperança” em um contexto de escalada de conflitos no Oriente Médio. Durante uma declaração televisionada, Guterres enfatizou a importância de que todas as partes envolvidas respeitem integralmente o acordo, observando que a força de manutenção da paz da ONU no Líbano está preparada para monitorar o cumprimento do cessar-fogo. Ele também reiterou a necessidade de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, onde a violência continua intensa.
A trégua no Líbano ocorre após meses de bombardeios israelenses que causaram grande destruição e forçaram mais de um milhão de pessoas a deixar suas casas. A ofensiva resultou em dezenas de mortos no Líbano e no agravamento da crise humanitária. Grupos militantes como o Hezbollah, assim como o Hamas na Palestina, são apoiados pelo Irã, o que torna o conflito ainda mais complexo, com implicações regionais. A expectativa é que o cessar-fogo no Líbano seja um passo inicial para uma paz mais duradoura, embora a situação em Gaza continue crítica.
Além do conflito no Líbano, a guerra na Faixa de Gaza prossegue, com Israel combatendo o Hamas e buscando resgatar reféns sequestrados em outubro de 2023. Desde então, mais de 43 mil palestinos perderam a vida, e grande parte da infraestrutura de Gaza foi destruída. Simultaneamente, a tensão entre Israel e o Irã se intensificou com ataques mútuos, sem, no entanto, evoluir para um confronto direto. O cenário geopolítico permanece tenso, com a comunidade internacional aguardando avanços no processo de paz.