Após semanas de intensos confrontos, Israel e Líbano chegaram a um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, com o apoio de França e outros países. O acordo estipula que as forças israelenses se retirem gradualmente do território libanês em até 60 dias, enquanto o exército regular libanês assumirá o controle da região sul, onde anteriormente atuavam tanto os militares israelenses quanto o Hezbollah. A retirada do Hezbollah também é prevista, com a milícia xiita se deslocando para o norte do rio Litani, e suas armas pesadas sendo removidas da área.
A proposta de trégua foi celebrada pelo Hamas, que se disse disposto a participar de negociações para a troca de prisioneiros com Israel. No entanto, ainda persiste a preocupação com a segurança e a vigilância no cumprimento dos termos do acordo, que inclui o apoio técnico dos Estados Unidos ao exército libanês e a criação de um mecanismo tripartite para monitorar as violações. Esse mecanismo envolverá a Unifil (Força Interina das Nações Unidas no Líbano), o Líbano e Israel, com o objetivo de evitar uma escalada de violência.
A guerra, que começou em outubro do ano passado, causou grande destruição e sofrimento humano. Estima-se que cerca de 3.700 libaneses tenham morrido, enquanto mais de 15.500 ficaram feridos, e mais de 1,3 milhão de pessoas foram deslocadas. Em Israel, cerca de 60 mil pessoas também foram forçadas a deixar suas casas. O cessar-fogo oferece uma pausa, mas o futuro da região ainda permanece incerto, com a comunidade internacional acompanhando de perto os desenvolvimentos.