A proposta de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, negociada com a mediação dos Estados Unidos, estabelece que somente as forças militares e de segurança oficiais do Líbano poderão portar armas no país. O acordo, que entrou em vigor na terça-feira (26), abrange as Forças Armadas Libanesas, a Polícia Municipal e outras agências de segurança governamentais, excluindo grupos armados como o Hezbollah. A proposta busca cumprir a Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que exige o desarmamento de grupos não-estatais no Líbano.
Embora o Hezbollah ainda não tenha emitido uma declaração formal sobre o cessar-fogo, seu alto funcionário Hassan Fadlallah comentou em entrevista que, apesar de apoiar a autoridade do Estado libanês, o grupo sairia fortalecido deste conflito. Fadlallah também afirmou que o desarmamento da resistência, sugerido por Israel, já havia falhado em tentativas anteriores. Ele sugeriu que o Hezbollah manteria suas forças intactas, com a promessa de que mais pessoas se uniriam à resistência, caso necessário.
O impacto do cessar-fogo vai além do Líbano, com algumas autoridades da Casa Branca observando que ele pode pressionar o Hamas a negociar um acordo semelhante em Gaza. No entanto, a reação de moradores do norte de Israel tem sido cética, refletindo as incertezas em relação à eficácia do acordo e ao cumprimento das suas disposições. O andamento do processo será monitorado de perto, já que ambas as partes comprometem-se a seguir as resoluções internacionais, mas a implementação prática do acordo ainda permanece incerta.