Um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo libanês Hezbollah entrou em vigor na terça-feira (26), com a expectativa de durar 60 dias. A proposta foi intermediada pelos Estados Unidos em parceria com a França e aprovada pelo gabinete de segurança de Israel. O primeiro-ministro israelense afirmou que seu país responderá de forma vigorosa caso o Hezbollah viole os termos do acordo, que foi elaborado com base na Resolução 1701 da ONU. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou o direito de Israel à autodefesa, destacando que o cessar-fogo poderia ser um passo para uma paz mais duradoura, além de pressionar por uma resolução para o conflito em Gaza.
O conflito entre Israel e Hezbollah, que se intensificou no final de setembro, fez centenas de vítimas e causou grande destruição no Líbano, forçando milhões de pessoas a deixar suas casas. O Hezbollah, assim como outros grupos radicalizados no Oriente Médio, é apoiado pelo Irã e se opõe fortemente a Israel. A ofensiva aérea e terrestre de Israel no Líbano fez parte de um contexto de escalada de tensões regionais, que também inclui a guerra em Gaza e trocas de ataques entre Israel e o Irã.
Além disso, a guerra em Gaza segue em um estado crítico desde outubro de 2023, com mais de 43 mil palestinos mortos durante a ofensiva israelense, que destruiu grande parte da infraestrutura da região. Em outras frentes, Israel realizou bombardeios contra alvos ligados ao Irã em diversos países, incluindo Síria, Iémen e Iraque, exacerbando ainda mais a tensão no Oriente Médio. O cessar-fogo com o Hezbollah é, assim, parte de um complexo esforço internacional para reduzir os conflitos e evitar uma escalada ainda maior na região.