Policiais venezuelanos cercaram a embaixada da Argentina em Caracas, bloqueando o acesso à rua onde se encontra a representação consular. Refugiados políticos venezuelanos abrigados na embaixada denunciaram a situação como um cerco intimidatório, apesar de a custódia do local ser, tecnicamente, responsabilidade do Brasil. O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, revogou unilateralmente a custódia brasileira, sem indicar um substituto, agravando as incertezas diplomáticas.
A movimentação ocorre em um contexto de crescente pressão internacional e nacional contra o regime venezuelano. Líderes e diplomatas venezuelanos exilaram-se em embaixadas, como a da Argentina, para buscar proteção diante de perseguições políticas. O incidente se soma a um histórico de tensões entre o governo Maduro e opositores, alimentando críticas sobre a falta de garantias democráticas no país.
O cerco também acontece às vésperas de um grande protesto convocado pela oposição para o dia 1º de dezembro, liderado por figuras de destaque no cenário político. A manifestação visa aumentar a pressão sobre o governo Maduro, em busca de negociações que resultem em mudanças estruturais no regime. O episódio reforça o clima de instabilidade política e a necessidade de diálogo mediado para evitar a escalada de conflitos.