Nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, o sistema do Colégio Eleitoral é determinante, exigindo que um candidato conquiste 270 dos 538 delegados para vencer. Embora o voto popular seja relevante, a decisão final ocorre de maneira indireta, com cada estado atribuindo seus delegados ao candidato mais votado localmente. Alguns estados possuem uma tendência clara em favor de democratas ou republicanos, mas a disputa se concentra nos estados-chave, que não têm uma preferência definida.
Kamala Harris e Donald Trump enfrentam uma corrida acirrada, com projeções iniciais de que Kamala terá 226 delegados e Trump 219, deixando 93 votos cruciais em jogo. Esses delegados estão distribuídos em estados decisivos como Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, no Cinturão da Ferrugem, e Arizona, Geórgia, Nevada e Carolina do Norte, no Cinturão do Sol. Diversos cenários podem definir o vencedor, incluindo combinações que dariam a vitória a Kamala ao garantir a região dos Grandes Lagos ou a Trump se conquistar a maioria dos estados do Cinturão do Sol.
Além disso, há a possibilidade remota de um empate, resultando em 269 delegados para cada candidato. Nesse caso, a decisão passaria para a Câmara dos Deputados, onde cada estado teria um voto. A Constituição prevê mecanismos para resolver impasses, mas o histórico mostra que essa situação é rara, como aconteceu em 1824. As probabilidades de empate, segundo projeções, são inferiores a 1%, destacando a importância de cada estado decisivo no resultado final da eleição.