O gestor Eduardo Cotrim, da JGP, destaca que o aumento da dívida pública e os juros elevados criam um ambiente desafiador para o governo brasileiro. Apesar do crescimento econômico dos últimos anos e da previsão positiva para o futuro, ele aponta que a política fiscal do país se mantém expansionista, limitando os efeitos positivos desse crescimento para a população, especialmente em programas de transferência de renda.
A popularidade do presidente Lula, segundo Cotrim, parece estagnada, mesmo com o crescimento econômico, o que, para ele, pode exigir uma nova postura governamental. O gestor alerta para o alto déficit público e o risco de um aumento insustentável da dívida devido aos juros elevados, um cenário que ele compara ao “gênio fora da lâmpada,” onde a dívida pública crescente exige custos elevados para ser mantida, o que pode comprometer a solvência do país.
Cotrim observa que, embora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteja propondo medidas para controlar os gastos públicos, há uma falta de alinhamento dentro do governo, e a pressão eleitoral para 2026 pode resultar em mais despesas. Ele também destaca que o Brasil e os Estados Unidos estão puxando o freio na política monetária, mas o acelerador ainda permanece pressionado na área fiscal, elevando os juros de equilíbrio e exigindo cautela para manter o crescimento sustentável sem comprometer a estabilidade financeira.